A principal preocupação dos jovens portugueses é o sucesso escolar, mas os alunos do 3.º ciclo também andam inquietos com o futuro profissional, a sua aparência e a morte, revela um estudo realizado a dois mil estudantes, revelado pela agência “Lusa”.
A Associação EPIS - Empresários pela Inclusão Social realizou um estudo sobre as expectativas, preferências e capacidades de 1963 alunos, com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos, que frequentam o 3.º ciclo.
Segundo o inquérito, realizado no final do ano passado, a primeira preocupação dos jovens é o seu sucesso na escola (70%): tanto rapazes como raparigas têm esta mesma preocupação, existindo apenas pequenas diferenças entre os que têm bons e os que têm maus resultados (69% e 73%, respetivamente).
Os jovens andam também preocupados com o futuro profissional (58%), a sua aparência (38%), a morte (32%) e com o facto de não terem amigos (19%), revela o inquérito realizado em 18 concelhos.
A mudança de escola e o desemprego (14% em ambos) também fazem parte das situações que mais desassossegam os alunos portugueses. Os resultados do estudo «parecem indicar que os jovens se preocupam de uma forma bastante homogénea quanto à sua vida futura, sejam rapazes ou raparigas, sejam melhores ou piores alunos. Ou seja, em abstrato, os jovens parecem sonhar de modo bastante semelhante a sua realização pessoal, que entendem passar pelo sucesso escolar e pela escolha de uma profissão», conclui Diogo Simões Pereira, diretor-geral da EPIS em declarações à “Lusa”.
No entanto, existem diferenças próprias de se ser rapaz ou rapariga. Eles preferem o desporto (68%), a informática (37%) e a música (33%) enquanto elas gostam mais de música (47%), desporto (34%), artes visuais (23%) teatro (20%), saúde (32%) e educação (20%).
No que toca à ocupação dos tempos livres, os números do inquérito indicam que três em cada quatro rapazes gostam de fazer desporto e jogar computador e 35% gosta de ouvir música (35%). Já entre as raparigas, metade diz que gosta de ouvir música, havendo um grupo mais pequeno que gosta de estar com amigos (36%) e ligar-se às redes sociais (33%).
Também sobressaem diferenças quando se questiona os jovens quanto às suas expectativas de futuro, tendo em conta as suas notas, já que os bons alunos acreditam mais na sua capacidade de poderem viver e trabalhar em Portugal. Apesar de se mostrarem preocupados quanto ao seu futuro, um em cada três (37%) ainda não sabe que profissão gostaria de ter. Entre os que já se debruçaram sobre o assunto, destacam-se apenas duas profissões: desportista (9% das respostas) e médico (8%).
In revista Pais&Filhos
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