Por vezes, as crianças tentam manipular os pais .É fundamental não recorrer à chantagem, mas antes dialogar e explicar.
Às vezes até nos espantamos com o talento que algumas crianças têm para manipular os adultos. Fazem olhinhos de choro, queixam-se, amuam … insistem até à exaustão com o propósito de “levar a água ao seu moinho”. Certo é que muitas vezes o conseguem, pois acabam por vencer os mais velhos pelo cansaço! “Porque é que a Margarida pode ir e eu não? “, “o Gonçalo pode ficar a ver televisão até tarde, porque é que eu não posso?”, as comparações são uma das técnicas mais comuns quando falamos em manipulação. Todas as crianças começam desde cedo a tentar controlar os pais. Pouco a pouco apercebem-se que algumas estratégias são eficazes e não hesitam em utilizá-las. Tentam encontrar os pontos fracos, que passam muitas vezes por manifestações de carinho (abraços, beijos) e testar os limites dentro dos quais se podem mover. Vão tateando e, se não lhes forem impostas regras, continuam à procura dos limites, o que os vai transformar em pequenos seres provocadores e insaciáveis. De igual modo, quando as regras não são claras e estão constantemente a mudar, cria-se uma grande confusão que pode aumentar a tendência para o conflito e para a manipulação.
Face a uma atitude de manipulação, é fundamental que os pais não recorram à chantagem como forma de controlar a criança. Há que ter presente que as crianças aprendem por imitação! Ao invés disso, importa dialogar com ela, explicando-lhe claramente qual o comportamento que é desejável da parte dele. Face a uma birra, os pais não se devem intimidar. É deixar que esperneie e grite… quando a criança estiver mais calma, calmamente, deve explicar-lhe que não é através desses meios que vai conseguir atingir os objetivos.
Texto publicado na Revista Pais&filhos de outubro de 2013
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